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Na manhã desta sexta-feira (10), quatro deputados federais
eleitos pelo PSOL declararam voto em Dilma. Segundo nota publicada no perfil
oficial deles no Facebook, diante do quadro que se formou para o segundo turno,
Edmílson Rodrigues (PSOL/PA), Chico Alencar (PSOL/RJ), Jean Wyllys (PSOL/RJ) e
Ivan Valente (PSOL/SP), declaram voto em Dilma. Os deputados destacaram que
independentemente da vitória de Dilma, manterão a postura do partido de fazer
oposição ao governo federal, mas que não podem permitir o retrocesso com uma
vitória do tucano Aécio Neves (PSDB).
Leia o texto completo logo abaixo:
DEPUTADOS FEDERAIS ELEITOS DO PSOL E O 2º TURNO DAS ELEIÇÕES
PRESIDENCIAIS
1. Um pleito em segundo turno, quando nosso projeto
partidário não está ali representado, é mais uma eleição do não do que do sim;
2. O PSOL vê com preocupação o avanço conservador no
Congresso Nacional, com a votação expressiva de representantes da ultradireita,
do fundamentalismo, do corporativismo empresarial e latifundiário, do ruralismo
antirreforma agrária e violador dos direitos indígenas, do patrimonialismo, do
discurso de ódio à diversidade e aos direitos humanos, do clientelismo dos
currais eleitorais;
3. No plano nacional, há uma divisão na sociedade, com os
setores mais à direita, do privatismo total, da corrupção estrutural e
sistêmica, de parte significativa da mídia grande e dos avessos à participação
popular alinhados com Aécio, isto é, com PSDB, DEM, PTB, PSC; de outro, com as
evidentes contradições do PT e do governo Dilma, assemelhado aos tucanos até na
continuidade da corrupção, alinham-se movimentos, personalidades e partidos com
viés mais progressista;
4. Para nós, do PSOL, nossa missão principal nesta disputa
eleitoral encerrou-se no 1º turno, no qual, nos estado e no país, com Luciana
Genro, afirmamos nossas propostas programáticas básicas e um novo modo de fazer
campanha política, sem os aparatos enganosos das candidaturas milionárias,
prisioneiras de empreiteiras, bancos, frigoríficos e mineradoras que as
financiam;
5. Sem qualquer intenção de participação num eventual novo
governo ou de formar 'base de sustentação' a ele, manteremos nossa condição de
oposição programática de esquerda, seja qual for o(a) presidente eleito(a),
preservando assim, nossa posição crítica, fiscalizadora e propositiva;
6. Diante da composição de forças políticas e sociais que se
constituiu, com os vínculos entusiasmados dos setores mais conservadores e
retrógrados com a candidatura tucana, e do retrocesso que isso pode
representar, dentro dos marcos aprovados pelo PSOL em Resolução divulgada em
8/10, declaramos nosso voto em Dilma;
7. Seguiremos na luta, nas ruas, nas redes e nos parlamentos,
por Reforma Política com participação popular, por Reforma Tributária que grave
os mais ricos, por políticas de superação estrutural da desigualdade social e
inter-regional, pela auditoria da dívida, pelo combate a todas as
discriminações, por uma política externa independente da hegemonia
estadunidense e por um Brasil livre, soberano, justo, igualitário e fraterno.
Brasília, 10 de outubro de 2014
Edmílson Rodrigues (PA)
Chico Alencar (RJ)
Jean Wyllys (RJ)
Ivan Valente (SP)
DEPUTADOS ELEITOS PELO PSOL
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