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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

CARTA DE DILMA AOS TRABALHADORES DA SAÚDE E USUÁRIOS DO SUS



"O tema Saúde deve ser tratado com a responsabilidade e a prioridade que a população exige. O assunto está presente no período eleitoral como uma das principais preocupações dos brasileiros. Assim, o que se espera dos candidatos à Presidência da República é uma proposta séria, estudada e adequada para seguir enfrentando os desafios e assegurar acesso a serviços de qualidade para todos.

Uma medida corajosa e inovadora que nos permite avançar nessa direção é o Mais Médicos, que fortaleceu a base do sistema de Saúde, a atenção básica, com 14.462 novos médicos, atendendo a 50 milhões de brasileiros na maior parte dos municípios do Brasil. Hoje, 75% dos médicos do programa estão nas periferias das grandes e médias cidades, nas áreas quilombolas, rurais e indígenas e em locais de difícil acesso.

Embora o candidato Aécio Neves prometa continuar o Mais Médicos, suas propostas o inviabilizam. Ele afirma que somente participarão médicos formados no país ou aprovados pelo exame nacional de validação dos diplomas obtidos no exterior, o Revalida. O número de aprovados anualmente pelo Revalida, no entanto, é insuficiente para atender a população. No Mais Médicos, demos preferência para os médicos brasileiros e os que passaram no exame, mas com eles só conseguimos preencher 12% das vagas necessárias.

A lógica central do Mais Médicos é fixar o médico onde ele é mais necessário. Com o Revalida, os médicos podem trabalhar em qualquer serviço privado ou público, não necessariamente no SUS, nos postos de saúde e nos locais onde a população mais precisa. Seriam milhares de médicos a menos no atendimento; um retrocesso em um programa com forte aprovação popular.

Para acabar de vez com a falta de médicos no Brasil, até 2017 serão criadas 11,5 mil vagas de graduação em Medicina e outras 12,4 mil vagas de residência médica. Já foram autorizadas 4.393vagas de graduação e, no meu governo, são 4.877 novas vagas de residência médica. Com a interiorização dos cursos de Medicina, combinada com a política de cotas nas universidades públicas, e do Prouni e do FIES nas universidades privadas, jovens de regiões carentes poderão finalmente realizar o sonho de se tornar médicos e cuidar da própria gente.

Além de estruturar e garantir qualidade na atenção básica, dobrando seu financiamento, criando o Mais Médicos e garantindo recursos para 26 mil obras nos postos de saúde, avançamos em muitas outras áreas da saúde e vamos avançar mais. Com o SAMU, garantimos cobertura para 150 milhões de brasileiros. Nos próximos quatro anos, a cobertura do SAMU chegará a 100% da população. Complementando essa rede, estão em funcionamento 364 UPAs e outras 579 serão concluídas com recursos federais.

Saldamos uma dívida histórica ao ampliar o acesso à saúde bucal com o Brasil Sorridente, que já atende 81,5 milhões de brasileiros. Agora vamos oferecer atendimento bucal em todos os postos de saúde. Nos últimos oito anos, mais de 2,1 milhões de brasileiros já receberam próteses dentárias.

Com o Saúde Não Tem Preço garantimos medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma para mais de 26 milhões de pessoas, sem contar a ampliação do acesso a medicamentos gratuitos nas farmácias e nos postos de saúde do SUS.

Também na promoção e prevenção temos importantes conquistas. Somos hoje um dos poucos países do mundo a oferecer de graça todas as 14 vacinas propostas pela Organização Mundial da Saúde.
Esses resultados são muito diferentes daqueles apresentados pelo candidato Aécio Neves e por seu partido em Minas Gerais. Em 12 anos, o PSDB não entregou nenhum dos nove hospitais regionais prometidos e deixou o Estado com a terceira pior cobertura do SAMU no Brasil.

O candidato do PSDB promete agora criar a carreira nacional dos médicos, mas não a criou em Minas. Ao contrário, quando deixou o governo os médicos de Minas Gerais tinham um dos piores salários do Brasil. Aécio também promete aumentar o financiamento da Saúde (sem dizer a fonte de recurso), mas em seu período como governador não aplicou no Estado o percentual mínimo de financiamento à Saúde previsto na Constituição.

Em época de eleição, muitas promessas são feitas, mas é preciso comparar quem tem a capacidade e de fato vem realizando as mudanças e aquele que ainda está devendo ao povo brasileiro!

Diferentemente do governo tucano em Minas Gerais, no governo federal cumprimos integralmente o que está previsto na lei. Entre 2003 e 2014 praticamente triplicamos os gastos com ações e serviços públicos de Saúde, sendo que os valores aplicados passaram de R$ 27,2 bilhões para R$ 91,6 bilhões anuais. Em termos reais, trata-se de um crescimento de 86%. E garantiremos recursos novos para a Saúde, como os já aprovados 25% dos royalties do pré-sal.

Sabemos que há muito a fazer. Enfrentamos o desafio da atenção básica e agora, com o Mais Especialidades, levaremos a todo Brasil os serviços de cuidado integral, com consultas e exames especializados, do diagnóstico às cirurgias. Além disso, ofereceremos transporte para os pacientes até os locais de consultas e exames, que serão previamente agendados por meio de centrais de regulação. O Mais Especialidades, realizado em parceria com Estados e municípios, vai complementar o atendimento à atenção básica e vai ajudar a garantir atendimento mais resolutivo no tempo oportuno.
Nesta carta, não pretendo citar cada uma de nossas propostas, mas reafirmar meu compromisso de priorizar a Saúde, fortalecer o SUS e avançar na garantia do direito à Saúde. Implementamos as bases necessárias para continuar essa mudança. Estamos certos de que trilhamos o caminho para melhorar a gestão do sistema de Saúde, qualificar o atendimento e humanizar os serviços. E para isso contamos com seu o apoio e o seu voto!


Dilma Rousseff

Fonte: http://www.saladeimprensadilma.com.br/2014/10/15/carta-aos-trabalhadores-da-saude-e-usuarios-do-sus/


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